Bolívia

Chegada à Bolívia e a paisagem não mudou muito, os lamas e as vicunhas continuavam a olhar-nos curiosamente. As estradas eram todas em terra e cheias de pequenas ondas que dificultavam o pedal. Chegados a São Pedro de Quemes, esperámos 3 semanas que o Salar de Uyuni enchesse pensando que ele se ia esvaziar… Aproveitámos de demos três semanas de escola intensiva para o Yacha e Sinai.

Para pagar o quarto ao D. Bartolo, numa hospedagem onde não havia nem houve um só turista, trabalhava quatro horas todas as manhãs enquanto Valérie dava aulas às crianças. Depois de almoço eu continuava, leitura em português e matemática.

O Salar estava a 50 km de distância, as chuvas são muito locais e as pessoas em São Pedro de Quemes não sabiam o que se passava no Salar! Diziam-nos que não podíamos passar, “têm água, é perigos! Podem morrer!”

Semanas depois estávamos às portas do salar e, depois de muita hesitação devido à quantidade de água e aos concelhos dos locais que continuavam insistindo no perigo, atirámo-nos para esse “lago” de água salgada pedalando 70 km em cima do céu! Indescritível!

Mais à frente numa pequena aldeia, El Choro, fomos convidados para a festa anual, dedicada às autoridades locais, com muitas serpentinas, muita comida, bandas e danças até de manhã. Uma festa muito colorida.

Sempre “perdidos” num planalto bastante vazio, passámos pelas vilas e aldeias de Toledo, Turco, Pumuri e a sua magnífica cidade de pedra, Cosapa até chegar ao Parque nacional de Sajama onde festejámos os 11 anos do Yacha.

Depois La Paz, uma cidade moderna, viva, cheia de gente por todo lado, vendendo em todos os cantos e passeios. Uma cidade afundada numa cova entre montanhas, feita de tijolos vermelhos que se estendem pelas encostas.