Não podia ter sido melhor! No primeiro dia no Peru nem tivemos tempo para procurar dormida que já nos estavam a convidar a pernoitar. Foi à beira do lago Titicaca, que uma rapariga de 19 anos nos levou a casa dela. Vivia com a família e tinham uma piscicultura e, depois de irmos juntos pescar umas trutas, voltámos para cozinha-las e comê-las! Uma delícia! Dormimos em casa deles sem electricidade nem água corrente. Ficámos no chão entre bóias, lonas e redes, era tudo menos confortável, mas estávamos felizes e qualquer coisa servia.
Na cidade Puno, à beira do lago Titicaca, fomos visitar as fabulosas ilhas flutuantes, Urus. São ilhas feitas pelos homens que flutuam em cima de juncos, as pessoas hoje em dia vivem essencialmente dos turistas. À noite demos uma volta, os vendedores ambulantes enchiam as ruas com frutos, sumos, legumes, queijos, leite, pão etc. Para sair da cidade nada melhor que uns quilómetros de subida para aquecer!
A cidade histórica de Cusco acolheu-nos numa maravilhosa hospedagem, uma construção antiga com um pátio interior e uns arcos em pedra do tempo dos espanhóis. De lá partimos ao esplendoroso Machu Picchu que, apesar de muitos turistas, vale bem a pena passar o dia.
Até Nazca havia vários passos de montanha e para chegar rápido a Lima onde uma amiga nos esperava, apanhámos algumas boleias.
O último passo foi uma descida alucinante que nos levou de 4200 metros de altitude até aos 600 metros. A paisagem, quanto mais descíamos, mais lunática era. Se lá em cima havia pouca vegetação, em baixo não havia nenhuma, era deserto puro, árido, muito seco e quente. Depois de ver algumas das famosas linhas de Nazca visitámos e dormimos dentro do museu de Maria Reiche, a alemã que estudou durante quarenta anos estas figuras gigantescas desenhadas no deserto à cerca de 2000 mil anos.
Antes de Lima ainda visitámos Paracas, um parque natural onde vimos muitos leões marinhos e centenas de diferentes pássaros, um natureza mágica.